A Participação de Magos Ocultistas durante a 2º Guerra Mundial. A Batalha dos Magos Alemães x Britânicos


A Grã-Bretanha tem uma rica tradição de utilizar magia em resposta a ameaças externas. Em 1588, o enigmático Doutor John Dee, matemático e conselheiro da Rainha Elizabeth I, teria invocado um grande vendaval que destruiu a Invencível Armada, forçando-a a retornar à Espanha em péssimas condições. Em 1807, a iminente invasão de Napoleão, segundo lendas, foi frustrada por rituais místicos realizados por bruxas do Sul da Grã-Bretanha, que geraram medo nos franceses, fazendo-os hesitar em cruzar o mar. Durante a Primeira Guerra Mundial, surgiram relatos sobre os Anjos de Mons, figuras angelicais que supostamente ajudaram os britânicos. Muitos soldados também acreditavam que talismãs caseiros poderiam protegê-los de ferimentos e morte.


Na Segunda Guerra Mundial, o combate ocorreu em múltiplos níveis. Além das táticas tradicionais, a manipulação psicológica foi intensificada como uma estratégia para desestabilizar o inimigo. O astrólogo Louis de Wohl foi contratado pelos serviços de inteligência britânicos, trabalhando ao lado de Dennis Wheatley e Ian Fleming, com a missão de disseminar desinformação e contradizer as previsões astrológicas sobre Hitler. Os astrólogos nazistas afirmavam que a Alemanha estava destinada a conquistar toda a Europa, levando-os a distribuir panfletos na Inglaterra, alegando que a resistência era inútil. Em resposta, astrólogos britânicos criaram previsões opostas.

Os ocultistas britânicos foram ainda mais longe, adotando métodos não convencionais para apoiar o esforço de guerra. Com membros espalhados pela Grã-Bretanha, a Ordem mágica atuou como um verdadeiro Exército Místico na defesa do Império. Dion Fortune estabeleceu sua base em sua propriedade em Londres, e outros centros místicos também existiram, como o de Glastonbury. De outubro de 1939 a outubro de 1942, esse Exército Místico se reuniu para realizar rituais, meditações e encantamentos de proteção, semelhantes aos da Golden Dawn, visando proteger locais estratégicos dos bombardeios nazistas.



Os novos membros que se juntaram à Batalha Mística receberam treinamento em meditação e proteção mística. Eles acreditavam que, através da meditação, poderiam desviar bombas, desativar explosivos, causar falhas em aviões, alterar o clima e influenciar pilotos a errar os alvos. Acreditavam estar conectados por uma única alma e, quando aviões da Luftwaffe sobrevoavam Londres, formavam círculos de mãos dadas para canalizar energia e produzir efeitos mágicos.


Os rituais eram usados tanto defensivamente quanto ofensivamente. Aqueles com habilidades de viagem astral afirmavam espionar bases inimigas e ouvir planos através de bolas de cristal e espelhos. Utilizavam totens e símbolos de proteção para evitar que os nazistas aplicassem as mesmas táticas contra eles. Tentavam afetar generais inimigos com magia direcionada e usavam astrologia e numerologia para escolher as melhores datas para ataques. Também enviavam relatórios sobre a melhor localização para baterias anti-aéreas, preferencialmente em Linhas de Ley, que eram consideradas mágicas e melhoravam a precisão dos artilheiros. Símbolos de proteção mística eram pintados em locais estratégicos para desviar bombas.


Alguns seguidores próximos a Dion Fortune acreditam que os ataques psíquicos sofridos por ela durante a guerra, realizados por magos nazistas, contribuíram para sua morte prematura. Após ensinar suas técnicas por quase 20 anos, ela faleceu de leucemia em 1946, poucos dias após completar 56 anos, sendo enterrada em Glastonbury.

A Fraternidade da Luz Interior ainda existe até hoje.


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