Nassim Nicholas Taleb, no livro Cisne Negro, destaca que eventos inesperados frequentemente têm um papel fundamental em mudar o rumo da história.
A eleição de Trump, por si só, foi um exemplo claro de "cisne negro": um acontecimento improvável, mas de grande impacto. Suas ações desafiavam previsões e evidenciavam como o mundo político é vulnerável a forças que escapam ao controle dos analistas e das elites. A metáfora remonta à descoberta de cisnes negros na Austrália, no século XVII. Antes disso, acreditava-se que todos os cisnes eram brancos, uma vez que não havia evidências em contrário. A aparição dos cisnes negros desafiou completamente essa visão, mostrando como uma única descoberta inesperada pode derrubar certezas que pareciam inquestionáveis.
No âmbito da teoria, o cisne negro representa eventos de baixa probabilidade, mas com enorme impacto, que questionam modelos preditivos e expectativas baseadas no passado. Esses acontecimentos revelam a fragilidade de sistemas que assumem estabilidade, ressaltando a importância de estarmos preparados para o imprevisível, ao invés de confiar cegamente em suposições lineares ou probabilidades tradicionais. Taleb também nos ensina que a melhor forma de lidar com a imprevisibilidade é adotar a antifragilidade — a capacidade de tirar proveito do caos e do inesperado. O sistema político dos Estados Unidos demonstrou antifragilidade ao lidar com a ascensão de um líder disruptivo como Trump, preservando a estabilidade das instituições e ajustando-se às mudanças sem desmoronar.
Ao refletirmos sobre o futuro, a experiência de 2016 nos ensina que o alarmismo muitas vezes não captura toda a complexidade dos acontecimentos. O primeiro mandato de Trump mostrou que muitos dos medos eram exagerados ou infundados. Instituições como o Congresso, o Judiciário e a mídia desempenharam papéis essenciais para equilibrar o poder executivo, mostrando a resiliência da democracia americana. À medida que 2025 se aproxima, a imprevisibilidade continua sendo uma constante. Em vez de temer o desconhecido, a verdadeira lição é adotar uma abordagem antifrágil, criando sistemas que não apenas resistam às mudanças, mas que possam prosperar diante delas.
Com a possível volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, a mídia global está mais uma vez cheia de previsões sobre o que será o primeiro ano de seu segundo mandato. Em 2016, grande parte das análises sobre Trump focavam em seu estilo imprevisível e nas promessas de campanha. Um dos temores mais amplamente discutidos era o de que ele enfraqueceria as instituições democráticas e alianças históricas, como a OTAN. Trump fez duras críticas aos aliados europeus, acusando-os de não contribuírem financeiramente de maneira justa. Muitos analistas previam que suas declarações poderiam levar ao fim da mais importante aliança militar do Ocidente.
Contudo, durante seu governo, Trump pressionou os aliados a aumentarem suas contribuições financeiras, mas não retirou os Estados Unidos da OTAN, como muitos temiam. A organização continuou a ser um pilar fundamental da segurança global, apesar das tensões retóricas. Outro ponto amplamente debatido em 2016 era o impacto econômico de Trump. Muitos especialistas alertavam que sua abordagem protecionista, com a revisão de acordos comerciais como o NAFTA, poderia desestabilizar os mercados globais. A imposição de tarifas e a política de “America First” geravam temores de guerras comerciais prejudiciais.
Na realidade, o que aconteceu foi uma renegociação de acordos comerciais, como o NAFTA (substituído pelo USMCA), que manteve relações comerciais estáveis com o Canadá e o México. Além disso, o mercado de ações atingiu recordes históricos durante o primeiro ano de Trump, e a economia americana registrou uma queda contínua nas taxas de desemprego, contrariando os temores iniciais. Na política externa, Trump foi visto como um líder que poderia desestabilizar o cenário global. A preocupação mais evidente foi sua retórica em relação à Coreia do Norte. Durante a campanha, ele prometeu confrontar o regime de Kim Jong-un, o que fez muitos analistas preverem uma iminente escalada nuclear.
No entanto, apesar de um início tenso e de trocas de ameaças públicas entre Trump e Kim, a realidade tomou outro rumo. Em vez de guerra, houve esforços inéditos de diálogo, com encontros diretos entre os dois líderes, algo que antes parecia impensável.
Veremos os primeiro anos do governo Trump, e como isso impactará o mundo......o acordo de paz de Israel com os Árabes, a reconstrução do templo em Jerusalém, o príncipe negro da paz está surgindo.......algo está para acontecer !!!!
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